sábado, 30 de abril de 2011

Propósito de Deus para nós Mt 28.19,20; Mc 16.15




Propósito de Deus para nós 
Mt 28.19,20; Mc 16.15

Ao aceitarmos a Jesus como Salvador e Senhor, somos automaticamente comissionados a realizar a Sua missão.

INTRODUÇÃO
Ao aceitarmos a Jesus como Salvador e Senhor, somos automaticamente comissionados a realizar a Sua missão. 

No Antigo Testamento há relatos de homens e mulheres que receberam e cumpriram a missão dada por Deus:

1) Abel. a missão: adoração profética, Gn 4.10.
2) Abraão. a missão: ser pai de uma grande nação, Gn 12.1-3; 13.16.
3) José. a missão: trazer salvação ao Egito e a família de seu pai Jacó (Israel), por meio da sabedoria governamental, Gn 41.38-43; 47.11,12.
4) Ester: a missão: salvar seu povo de morte eminente, Ester 4.14b; 9.24,26.
5) João Batista. A missão: Batizar por arrependimento e preparar o caminho. Viu o Propósito…o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Nossa Missão: continuar a missão de Jesus.
• Ir e pregar o Evangelho, Marcos 16.15.
• Desenvolver a multiplicação. Fazer discípulos, ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele ordenou e a desenvolverem a mesma missão, Mt 28.19,20.

CONCLUSÃO
Jesus planejou conquistar o mundo com um grupo pequeno de pessoas, sua célula. Seus discípulos deram continuidade. Nos 20 (vinte) séculos seguintes, homens e mulheres, na sua maioria simples e sem cultura, se dispuseram a dá continuidade a Sua missão. Somos o resultado da disposição e amor ao Mestre e a Sua missão, e agora é o nosso momento de atender a chamada do Mestre e fazer diferença na grande multiplicação de salvos dando continuidade a Sua missão. 

sexta-feira, 29 de abril de 2011

ENFRENTANDO O FRACASSO, Pv 24.16

Deus tem planos perfeitos, porém Ele trabalha através de pessoas imperfeitas para realizar Seus planos. Porque você é imperfeito, você deve entender as razões para o fracasso e saber o que fazer para evitá-lo, ou quando falhar.
O QUE CAUSA O FRACASSO?
Há três razões básicas para o fracasso:
 
1. FALHA NO RELACIONAMENTO
Muitos falham porque têm uma relação inadequada com Deus. Estão tão ocupados “fazendo a obra de Deus” que se descuidam da oração, do estudo da Bíblia, do jejum, e de buscar ao Senhor e Sua vontade. Outros perdem seu primeiro e intenso amor pelo Senhor Jesus. Em lugar de Deus e de Seu Reino ser a prioridade, cuidados e riquezas do mundo, ou agradar as pessoas, começam a ter o primeiro lugar em suas vidas. O Rei Uzias (2 Crônicas 26.6-8, 16), Sansão (Jz 16.18, 30), Saul (1Sm 9.2; 13.13; 1 Cr 10.13), são exemplos de líderes que falharam em sua relação com Deus.
Muitas pessoas que têm falhado descobrem que seu problema começou com um fracasso em sua própria relação pessoal com Deus.
 
2. FALHA POR COMISSÃO. Acontece por ações pecadoras, palavra, atitude ou motivo errado. Tais feitos ou pecados resultam em fracasso.
 
3. FALHA POR OMISSÃO. Quando você não faz o que deveria fazer (Tg 4.17; Mt 23.23).
 
4. PESSOAS QUE TRIUNFARAM SOBRE SEUS FRACASSOS
A Bíblia contém muitos exemplos de grandes homens que, em algum ponto em suas vidas falharam:
  • Jonas foi na direção oposta quando Deus o chamou para pregar em Nínive. Depois de arrependido  pregou no maior reavivamento da história. A cidade inteira se arrependeu.
  •  Pedro negou a Jesus, porém depois se tornou um grande líder na igreja primitiva.
 
5. O QUE FEZ A DIFERENÇA?
Alguns destes líderes se recuperaram de seus fracassos e seguiram para serem grandes homens de Deus. Outros nunca mudaram. Suas vidas acabaram em derrota. O que fez a diferença?
Em nosso raciocínio humano, o fracasso de Davi parece maior do que o de Saul. Ele foi rejeitado por Deus como rei, todavia Davi permaneceu no trono e foi chamado “um homem segundo o coração de Deus”. Por que a vida de um homem terminou em fracasso, enquanto o outro seguiu para alcançar futuros êxitos? A resposta é uma palavra: arrependimento.
Saul foi descoberto em seu pecado e o admitiu. Se arrependeu, somente porque foi descoberto (1 Sm 15.24, 30).
Quando o profeta Natã confrontou a Davi sobre seu pecado, Davi reconheceu imediatamente: “... Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás” (2 Samuel 12.13).
Ele não tentou culpar os outros. Ele não culpou Bate-seba. Ele admitiu seu fracasso e humildemente se arrependeu perante Deus. A grande oração de arrependimento de Davi está registrada no Salmo 51. Davi reconheceu seu pecado e pediu perdão (Salmos 51.3-4, 10).
Quando confrontado com o fracasso, Davi se arrependeu e mudou a direção. Saul não fez isso. Ele se desviou para mais longe da vontade de Deus e sua vida acabou em fracasso, derrota e suicídio.
 Sentir pelo pecado não é suficiente. Essa dor deve levar ao arrependimento.

* Extraído de: Mensagem da CEC 1- Maio - ENFRENTANDO O FRACASSO, Pv 24.16  (http://www.ieadam.com.br/mensagemcelula/#)

sábado, 16 de abril de 2011

Bom demais para ser verdade

Você já se peguntou...
 - Se você pode perder a salvação?
 - Se você tem que se arrepender várias e várias vezes?
Leia: João 10.27-29; Romanos 8:38-39

Algumas coisas parecem boas de mais para ser verdade. Para você, o céu pode ser uma dessas coisas - inatingível e fora de alcance. Talvez você sinta que jamais pudesse ser bom o bastante para merecer ir prá lá. A Bibía, porém tenta apagar este insegurança de sua mente. Estes dois versiculos gritam : "não se preocupem, Deus agarrou vcs". Uma vez que entregamos a nossa vida a Deus, Ele nos segura em seus braços fortes. Ele nunca nos deixa, nao importa o que aconteça. Não é o nosso trabalho impedir que as nossas almas escapem para fora dos limeits do céu - este trabalho é de Deus! Ele é o protetor definitivo que guarda a nossa alma para a eternidade.

Tendo se entregado a Desu, a sua salvação é um trato consumado. A sua oração está assinada, selada e é entregue diretamente a Deus. A Bíblia diz em 1 João 1.9 que " Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça". A Bíblia nos assegura que, no momento do arrependimento, nos tornamos filhos de Deus.

"Só porque você estava de mau humor no café da manhã, não significa que foi condenado no café da manhã. Se você perdeu a paciência ontem, não perdeu a sua salvação. Seu nome não desaparece e reaparece no Livro da Vida de acordo com o seu humor e ações. Esta é a mensagem da Graça."

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Porque ele é Amor

Se você fosse Deus, dormiria sobre a palha, beberia leite materno e  usaria fraldas?
Eu não, mas Cristo sim.

Ele deixou de comandar anjos para dormir sobre a palha.

Deixou de dirigir as estrelas para apertar o dedo de Maria.

Quando viu o tamanho do útero, poderia ter desistido.

Quando percebeu  como suas mãos seriam pequenas, quão suave seria sua voz, quanta  fome seu estômago sentiria, poderia ter desistido.

Ao primeiro sinal do mau cheiro do estábulo, diante da primeira rajada de ar frio.
Na primeira vez em que arranhou o joelho ou assoou o nariz ou comeu pão queimado, poderia  ter viradoas costas e ido embora.

Quando viu o chão poeirento de sua casa em Nazaré.

Quando José lhe deu uma tarefa a cumprir.

Quando seus colegas de escola cochilaram durante a leitura do Torá, a sua Torá.

Em qualquer momento Jesus poderia ter dito: "Chega! Já basta! Vou para casa".

Mas ele não fez isso.

Não o fez, porque ele é AMOR.
                                                    (Aprenda a compartilhar um amor que vale a pena)   - Max Lucado

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Menino evangélico ora e é poupado de atirador do Realengo

Mateus Moraes, 13 anos, foi talvez o único aluno que teve a clemência do atirador Wellington Menezes, na Escola Municipal Tasso Vieira, em Realengo. Enquanto o criminoso disparava, frio e impassível contra seus colegas, Mateus orava perto do quadro negro, sem ser incomodado, na sala 1801, no primeiro andar do prédio da escola.
“Eu estava em pé e era um dos mais nervosos. Pedi para ele não me matar, e ele disse: ‘Fica tranqüilo que não vou te matar.’ E não atirou em mim”, contou o menino.
Uma possível explicação, acredita Mateus, é o fato de que ele ficou o tempo todo orando. Fiel da Igreja Assembleia de Deus, o menino atribui a uma força superior o fato de ter saído vivo do ataque. “Deus me protegeu.”
O atirador andava calmamente pela sala, disparando contra as crianças, principalmente na cabeça e no tórax.
De acordo com a Polícia Militar, Wellington invadiu a instituição de ensino por volta das 8h e disparou contra alunos. A direção da escola informou que o homem – que era um ex-aluno – se passou por um palestrante para entrar na instituição de ensino. Ao chegar ao local, primeiro ele teria procurado uma professora que já tinha lhe dado aula no passado. Como não a encontrou, subiu para o primeiro andar, foi em duas salas do oitavo ano do Ensino Fundamental e efetuou disparos.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Atirador se suicidou após matar pelo menos 11 crianças. 13 ainda estão internadas após ataque na manhã desta quinta-feira.

Wellington, de 23 anos, entrou em uma escola municipal nesta manhã, atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Segundo autoridades, Wellington é ex-aluno, como era conhecido na escola, e entrou sob alegação de que iria fazer uma palestra. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com a polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.

A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.
Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.

Na carta encontrada com o atirador que abriu fogo dentro da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta quinta-feira (7), Wellington Menezes de Oliveira fala de questões religiosas e dá indícios de que o ataque foi premeditado, além de pedir perdão pelo crime. Segundo o hospital para onde foram levadas vítimas, 11 crianças morreram e 13 estão feridas, sendo 4 em estado grave.

Leia um trecho da carta: 

(...) "após me envolverem neste lençol poderão me colocar em meu caixão. Se possível, quero ser sepultado ao lado da sepultura onde minha mãe dorme. Minha mãe se chama Dicéa Menezes de Oliveira e está sepultada no cemitério Murundu. Preciso de visita de um fiel seguidor de Deus em minha sepultura pelo menos uma vez, preciso que ele ore diante de minha sepultura pedindo o perdão de Deus pelo o que eu fiz rogando para que na sua vinda Jesus me desperte do sono da morte para a vida eterna”(...)

Caro leitor, diante disto resta-nos rogar ao Senhor que tenha misericórdia da população do nosso Estado. Convoco portanto, a Igreja de Cristo a jejuar e orar rogando ao Todo-Poderoso que intevenha no Rio de Janeiro, trazendo sobre essa população sofrida bálsamo e alivio para sua dor e desespero.

Isto posto, sugiro aos pastores, líderes e igrejas que separem um tempo em seus cultos para orar pelo Rio de Janeiro. 

#oremos

quarta-feira, 6 de abril de 2011

O que Jesus faria?

 






● Se alguém pedisse para colocar seu emprego acima do seu serviço espiritual? Muitos discípulos usam o trabalho como justificativa automática para não cumprir suas responsabilidades espirituais. Será que Jesus teria as mesmas prioridades? Ele nos adverte sobre o perigo de buscar riquezas (Mateus 6:19-21; 1 Timóteo 6:9-10). E quando se trata de necessidades do dia-a-dia, e não de riquezas, ele ainda prioriza o serviço espiritual (Mateus 6:25,33). Devemos considerar estes fatos antes de aceitar empregos que envolvem horários ou viagens que impedem a participação em reuniões da igreja (Hebreus 10:24-25), ou empregos que exigem alguma conduta que não convém para o cristão.

● Se alguém pedisse para colocar um passeio acima do seu serviço espiritual? Não é errado sair da rotina para descansar em algum outro lugar, talvez um lugar mais deserto. Jesus mesmo levou os apóstolos num “passeio” deste tipo (Marcos 6:31-32). Mas, durante a viagem, surgiram trabalhos espirituais que eram mais urgentes, e Jesus atendeu as pessoas que o buscavam (Marcos 6:34). Afinal, o “descanso” dele foi uma caminhada subindo a um monte, onde passou várias horas em oração (Marcos 6:46-48). Não há dúvida sobre as prioridades de Jesus. E as nossas?

● Se alguém pedisse para colocar a família acima das coisas de Deus? Famílias nem sempre ajudam em nosso serviço ao Senhor. Numa ocasião, a família de Jesus tentou impedir o trabalho dele (Marcos 3:20-21). Quando chegaram, Jesus não deu atenção à família, preferindo continuar seu trabalho com sua família espiritual (Marcos 3:31-35). Este exemplo não justifica a negligência de responsabilidades familiares. Os homens devem ser maridos e pais responsáveis, e as mulheres devem cumprir bem seus papéis como esposas e mães. Mas quando as atitudes carnais de uma pessoa da família força uma escolha entre Deus e a família, devemos ficar com o Senhor.

● Se tivesse namorada? Mesmo não achando na Bíblia nenhum exemplo de namoro ou casamento na vida de Jesus, não temos dúvida que o comportamento dele num namoro teria sido exemplar. Se ele tivesse uma namorada que quisesse passar dos limites no contato físico, o que Jesus faria? Se ela quisesse usar uma roupa sensual, o que o Senhor faria? Se ela incentivasse a participação em atividades impuras, como Jesus reagiria? Não há dúvida de que Jesus manteria sua pureza, mesmo se tivesse que terminar o namoro. Considere o que ele nos instrui em 1 Pedro 1:14-16; Gálatas 5:19; 2 Coríntios 7:1 e Mateus 5:28-29.

● Se os amigos incentivassem a participação das coisas erradas do mundo? Jesus tinha bastante contato com pessoas do mundo, mas sempre como a luz que convidava as outras pessoas a saírem das trevas. O cristão pode manter amizades com pessoas do mundo, desde que ele exerça a influência positiva, e não deixe os outros o levarem para o pecado (Mateus 5:14-16). Os discípulos do Senhor não saem do mundo, mas ficam livres do pecado do mundo (João 17:14-17). Os amigos podem estranhar, mas precisamos recusar participar das coisas erradas que fazem (1 Pedro 4:3-4).

● Se vivesse no meio de pessoas perdidas no pecado? Jesus, como todos nós, viveu numa sociedade cheia de pessoas perdidas. Ele se compadecia delas e ensinava-lhes a palavra de Deus, que é o meio que Deus oferece para a salvação (Marcos 6:34; cf. Romanos 1:16). Ele olhou para as pessoas que o rejeitaram e queria resgatar e proteger todas (Mateus 23:37). E nós? Se já aprendemos alguma coisa da palavra salvadora do evangelho, não temos a obrigação de compartilhar esta mensagem com as pessoas perdidas ao nosso redor? Nós devemos imitar o exemplo de Jesus com a mesma urgência que Paulo sentiu quando disse: “Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes; por isso, quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros” (Romanos 1:14-15).

O que Jesus faria? A resposta certa bem aplicada pode mudar o rumo de sua vida – para seguir os passos do Senhor até a vida eterna!

por Dennis Allan (extraído site: estudosdabiblia.net)

terça-feira, 5 de abril de 2011

A Importância da Escola Bíblica

Ensinar a Palavra é um privilégio para quem coloca a sua vida à disposição do Senhor. Exige-se fidelidade, honestidade, bom testemunho, que seja uma pessoa de oração e submissa à vontade de Deus. Esse é um ministério especial. Paulo, falando aos Romanos, orienta: “se é ensinar, haja dedicação ao ensino” (Cap. 12.7). Assim sendo, espera-se que cada professor dediquese o máximo ao ensino da Palavra. Certamente, os alunos serão abençoados. O ensino dentro da EB tem como objetivo maior transformar vidas. Não se ensina por ensinar. Não se ensina sem um objetivo. Não se ensina para apenas passar informação. Ensina- se para compartilhar com o aluno as lições extraídas da Palavra de Deus e o testemunho de vida daquele que ministra uma classe. 
A Escola Bíblica é lugar de EvangelizaçãoNo início de nossa história  tínhamos a preocupação de trazer visitantes não crentes para participar da EB. Era comum, ao se preencher o relatório de classes, registrar o número de visitantes presentes.
Num grupo menor, o visitante se sente mais à vontade. É o caso da classe da EB. Nela, qualquer um que chegar terá a oportunidade de tirar dúvidas a respeito de sua fé. É hora de recuperarmos esse método. Precisamos trazer mais visitantes para estudar a Palavra. Ore e convide algum amigo para estar com você na EB.
Mantenhamos viva em nosso coração a importância da EB! Nela podemos estudar a Bíblia, exercer o dom do ensino e evangelizar os perdidos.
Para tanto, que o Senhor nos abençoe!

segunda-feira, 4 de abril de 2011


Não vire a página ainda! Você precisa ler sobre isto. Neste exato momento milhares de crianças e adolescentes ao redor do mundo têm a sua sexualidade agredida, muitos sem consciência disso. Outros tantos não vivenciam mais esse pesadelo, porém as consequências do passado ainda os perseguem. Eles podem estar ao seu lado. Ser um amigo próximo. Ou até mesmo ser alguns de vocês que lêem essas linhas. A maioria sofre silenciosamente e nunca fala sobre o que aconteceu devido aos sentimentos de medo, vergonha e até culpa (sem fundamento). Infelizmente, o assunto não respeita idade, posição social, religião nem parentesco. Pelo contrário. Ele não é abordado com frequência, entretanto, as ocorrências são constantes em todas as camadas da sociedade e, segundo estatísticas, esses casos estão muito mais perto do que você imagina. Estamos falando sobre um tema “evitado”, cujo silêncio só favorece aos que o praticam: Abuso sexual.
Estudos mostrados pela jornalista Carla Leirner em seu livro sobre o assunto indicam que 36% das meninas e 29% dos meninos com menos de 14 anos já foram molestados sexualmente pelo menos uma vez. Esses dados, que foram coletados em diferentes partes do mundo, também evidenciam que o tempo médio que uma vítima sofre o abuso é cerca de três anos. Segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), no Brasil, aproximadamente 168 crianças ou adolescentes sofrem abuso sexual por dia. Isso significa, em outras palavras, que a cada hora, sete são abusados.
“É importante deixar claro que o número de vítimas é superior às estatísticas, porque muitos casos são encaminhados diretamente às autoridades e outros tantos não são denunciados”, diz a sexóloga Selma Regina Marques, que também é orientadora educacional e psicanalista.

Os disfarces da agressão
É considerado abuso sexual qualquer situação em que a criança ou adolescente é usado por outro para se satisfazer sexualmente. O que muitos não sabem é que isso pode acontecer até mesmo sem houver contato físico, como foi o caso da Mariana (nome fictício), 12 anos. Ela acordou no meio da noite e viu seu próprio pai se masturbando ao observá-la dormindo.
De acordo com o Guia escolar: métodos para identificação de sinais de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes (Secretaria Especial dos Direitos Humanos/MEC), nessas situações, que totalizam cerca de 70% dos casos, inicialmente o agressor se satisfaz ao ver a criança tomar banho, ao observá-la se despir, ao mostrá-la seu órgão genital, imagens pornográficas em revistas e vídeos ou simplesmente sentá-la no seu colo. Isso tudo é abuso sexual e deve ser denunciado!

Quem são eles?
Oitenta por cento dos casos o abuso sexual são praticados por familiares ou por amigos da família, alguém que tem liberdade de ficar com a criança ou adolescente sem levantar suspeitas. Aparentemente uma pessoa normal, o abusador tende a dissimular suas intenções sexuais, demonstrando muito afeto, “bondade”, sendo solícito, comprando presentes e distribuindo agrados. Para conseguir o que quer sem ser descoberto, usa de astúcia, chantagem, manipulação, ameaças, terror psicológico, etc. Trata-se da violência emocional e não física. Por isso, ele pode levar anos ou até mesmo nunca ser desmascarado, explica a sexóloga Selma Regina.

Diante da Lei
Caso a vítima seja menor de 14 anos, mesmo sem evidências físicas, o acusado pode ser enquadrado no crime de atentado violento ao pudor e receber pena de seis a dez anos de cadeia. Dos 14 aos 18 anos, é necessário haver provas físicas de que o abuso ocorreu e o acusado será julgado por estupro, já que não existe uma legislação específica que proteja os jovens do abuso sexual sem evidências concretas.

Feridas abertas
Muitos que vivenciaram o problema e não trataram o trauma podem enfrentar dificuldades como insônia ou sono agitado, constante lembrança do trauma, apatia, depressão, culpa, baixa auto-estima, insegurança, mágoa (não só do abusador, como também daqueles ao seu redor que acredita não terem lhe protegido, inclusive, mágoa de Deus), dificuldade de acreditar que Cristo o ama, resistência a relacionamentos mais próximos, desconfiança nas pessoas, postura rigorosa consigo e com o próximo, dificuldades sexuais, etc.

A caminho da cura
É muito raro que a criança consiga escapar do abusador ou denunciálo a um adulto que leve o caso adiante e possa protegê-la de novos ataques. Por isso, o trauma se torna mais difícil de ser comentado no decorrer da adolescência e fase adulta. Porém, falar com alguém sobre o assunto é o primeiro passo para a cura. Ana Paula, por exemplo, aos 7 anos de idade, foi abusada pelo filho do pastor da igreja em que sua família congregava, enquanto ele a levava para um culto. Como toda criança “escolhida” por abusadores, ela era tímida e introspectiva. As consequências, no entanto, foram externadas de outras maneiras. “Tive incontinência urinária por anos e sempre culpei meus pais por não terem percebido que algo errado tinha acontecido comigo, por não terem me levado a um médico, que fosse”, afirma Ana, hoje com 36 anos. Ela nunca percebeu que o silencio mantido por mais de 20 anos lhe fazia mal, até que um dia contou seu caso para uma conhecida que era psicanalista. “Antes de falar com alguém sobre esse assunto vivia atormentada pelas imagens do passado. Absolutamente todos os dias eu pensava nisso, me culpava por não ter reagido e me fechava para qualquer relacionamento de intimidade. Não confiava em ninguém”, explica. “Após enfrentar o meu trauma, consegui perdoar meu agressor, fiz as pazes com Deus e hoje busco uma nova chance para viver todas as bênçãos que Jesus tem para mim”, diz emocionada.
Assim como Ana, muitas vítimas dessa agressão só foram capazes de seguir adiante, em paz com Deus e consigo, após a confissão, enfrentamento e o perdão. “Toda jornada de restauração começa com esse primeiro grande passo: falar com alguém de confiança, buscar ajuda especializada”, diz a doutora Selma.

Superar é possível
Pela graça de Deus e para a Glória dEle, ao escrever essa matéria com tantos dados alarmantes e extremamente lamentáveis, também conheci pessoas (e não poucas) que deram a volta por cima. Mulheres e homens que não aceitaram serem vítimas de suas histórias e se fizeram protagonistas na mudança de muitas outras vidas. Como é o caso da Marisa Mello. Em seu livro Uma parábola real, ela conta como superou o abuso do pai e a omissão da mãe ao ser estuprada aos 11 anos e constantemente maltratada por ambos. Casou aos 14 anos para sair de casa e viu se repetir através do marido as mesmas agressões do passado. Aos 17, com dois filhos pequenos, sentia-se desesperada e tentou suicídio. “Fui socorrida por uma mulher chamada Elma, que não sei de onde veio, mas ela me disse que Deus a tinha enviado para cuidar de mim. Dali em diante nasceu uma nova Marisa”, conta.
A partir de então, Marisa conheceu a Cristo e obteve forças para tirar de sua dor o bálsamo de cura para muitos outros. “Criei coragem e denunciei meus pais para o juizado de menores. Aos 18 anos, consegui a guarda do meu irmão caçula e me separei. Comecei uma vida nova e um trabalho social”, afirma.
Marisa montou um grupo de teatro chamado Parábola que leva sua mensagem contra a violência doméstica e o abuso infantil a um número maior de pessoas.
“Casei de novo e nessa relação descobri o amor e respeito. Dessa união nasceu a Priscila, que tem 15 anos. Do primeiro casamento, tenho a Márcia, de 20 anos, e o Marco, de 19 anos. Ao todo temos 30 filhos”.
Em 1994, o projeto Parábola foi registrado como ONG e tornou-se referência mundial na área de violência doméstica. “Já recebemos e investigamos cerca de 6 mil denúncias de abuso. Oitocentas crianças e jovens receberam tratamento integral ou parcial. Esse trabalho foi a melhor forma de transformar a minha dor”.
Marisa se levantou, e não somente isso, levantou também a muitos. Não existe caso difícil que Deus não possa transformar. A especialista Selma Regina enfatiza: “Como profissional da área, posso dizer aos jovens que para tudo tem uma solução, ainda mais quando estamos em Cristo Jesus. Por isso, não desistam de serem felizes”.
O Co-Pastor da AD em Petrópolis (RJ), Luiz Rogério de Oliveira, trabalha com aconselhamento pastoral há 17 anos e com tantas experiências vendo o Senhor transformar casos impossíveis em milagres, afirma: “Deus é o mais interessado em restaurar sua vida. Independente do que tenha acontecido no seu passado, que não pode ser mudado, lembre-se de que o Senhor é maior que o passado e tem preparado para o seu presente e futuro amor, alegria e vida abundante. Desfrute da cura e do restabelecimento obtidos NEle. Cristo te ama e tem um plano especial para sua vida. Medite no texto bíblico: ‘Uma coisa faço e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus’”, Filipenses 3.13,14.
*Texto publicado originalmente na revista GeraçãoJC, fevereiro de 2011

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