segunda-feira, 15 de junho de 2009

O padrão de Deus nos relacionamentos

Se quisermos viver o “estilo de vida de Deus” nós devemos abraçar um padrão revolucionário, um conjunto de atitudes e valores realmente radicais neste mundo que se corrompe. As atitudes e práticas do namoro na nossa cultura não são apenas pecaminosas e tendenciosas ao pecado, mas são também bagagens desnecessárias que nos atrapalham de correr com perseverança a carreira que nos está proposta (Hb 12:1-3).

Muitos cristãos chegam ao casamento com uma pergunta que não tem coragem de verbalizar: “Será que Deus tem me dado o melhor dele?”. No entanto, a questão que deveríamos fazer primeiro é: “Será que eu estou dando a Deus o melhor de mim?”. Queremos tanto que o Senhor separe para nós um cônjuge de Deus para com ele formarmos uma família de Deus, mas para isso precisamos ser um homem ou mulher de Deus que querem se relacionar à maneira de Deus! Se o namoro nos estimula a assumir o estilo de “amor” do mundo (egoísta, governado pelos sentimentos e pela carne), então o namoro deve partir. Devemos parar de tentar encaixar os princípios de Deus em estilos de vida que a sociedade define como bom. Os valores e atitudes de Deus devem redefinir o nosso modo de vida.

O Compromisso propõe novas atitudes que são fruto da visão que Deus nos dá a respeito do amor, pureza e estar solteiro.

A seguir está uma lista destas novas atitudes que o compromisso propõe:

1. Cada relacionamento é uma oportunidade para dar forma ao amor de Cristo.

Quando se tem isto em mente, não se investirá tempo e esforço tentando chamar a atenção sobre si ou provocar uma reação de atração na outra pessoa. O Compromisso propõe que se trate os outros como irmãos (Rm 12:10) e não como namorados em potencial. O apóstolo Paulo instruiu seu discípulo Timóteo a tratar as mulheres jovens “como irmãs, com toda pureza” (I Tm 5:2).

O amor deve permear todos os nossos relacionamentos, e deve ser da forma como Deus o define: sincero, com coração de servo e abnegado. Não o tipo egoísta e sensual baseado naquilo que nos dá uma sensação gostosa. Não podemos amar como Deus ama e namorar como o mundo namora.

2. Os anos como solteiros são presentes de Deus para nós.

O namoro rouba muito da flexibilidade, liberdade e do foco de estar solteiro. Devemos entender que estar solteiro não é estar incompleto – como o mundo prega – mas é um período importantíssimo nas nossas vidas e um presente de Deus. É um tempo de andarmos rápido, com o tempo e a energia disponibilizada, podendo buscar amizades mais profundas com pessoas de ambos os sexos e um ministério mais eficiente. Como solteiro você tem a liberdade de explorar, estudar e crescer em todas as áreas. Nenhuma outra época da sua vida oferecerá isso.

Precisamos viver sabiamente, aproveitando ao máximo cada oportunidade, remindo o tempo (Ef 5:15). Ou seja, enquanto você espera pelo seu casamento... mexa-se! Quando nos concentramos em “aproveitar o tempo”, não só aproveitamos ao máximo cada momento, mas também nos preparamos para a próxima etapa de nossas vidas. Nossa fidelidade nas pequenas coisas nos garantirá o direito de lidar com responsabilidades maiores para frente.

3. A intimidade é a recompensa do Compromisso – eu não preciso buscar um relacionamento romântico antes de estar pronto para me casar.

Deus criou cada um de nós com um desejo por intimidade e Ele quer satisfazê-lo. Enquanto estamos solteiros, este desejo não vai desaparecer, mas Deus quer que tenhamos paciência para esperar. Se não estamos em condições para entrar em um casamento, não é tempo para nos envolvermos com alguém. Muitos passam anos se iludindo num relacionamento para “um dia” dar em casamento.

A intimidade custa Compromisso, este é o preço. Se eu não estiver preparado para isso, não devo ir em busca de um relacionamento romântico. É como sair para fazer compras sem dinheiro. De que adianta achar a roupa ideal se eu não tiver dinheiro para levá-la para casa? E eu não posso ficar anos e anos olhando-a na vitrine ou experimentando-a no provador.

4. Eu não posso “ser dono” de alguém fora do casamento.

O casamento é a única condição para que duas pessoas sejam uma só carne, compartilhando intimidade emocional, espiritual e física. Uma pessoa só é parte e dona da outra nesta condição (I Co 7:3-4). Isto quer dizer que eu não posso requerer o tempo, a afeição, o corpo e o futuro de alguém antes do casamento.

Além disso, Deus projetou a nossa sexualidade como uma expressão física da unidade do casamento. Deus a guarda cuidadosamente e coloca muitas condições, pois a considera extremamente preciosa. Um homem e uma mulher que comprometem as suas vidas um ao outro no casamento ganham o direito de expressarem-se sexualmente um ao outro; eles se pertencem.

Se alguém não é casado, não tem nenhum direito sobre o corpo de ninguém, nenhum direito a intimidade sexual. Se o corpo de outra pessoa não nos pertence (isto é, se não estamos casados), que direito temos de tratar alguém diferentemente de como uma pessoa casada trataria uma outra que não fosse o seu cônjuge? Esta questão é a que delimita os contatos físicos no Compromisso. Ou seja: aquilo que uma pessoa casada não faria o solteiro também não deve fazer.

O mundo prega que o casado não pode ter intimidade com outra pessoa (sem ser o cônjuge) porque já se casou, mas o solteiro pode, porque está livre. Isto é uma mentira de Satanás! Nem o casado nem o solteiro podem ter intimidade com outra pessoa fora do casamento!

5. Evitarei situações que podem comprometer a pureza do meu corpo e mente.

A pureza vai muito além do que permanecer virgem. Para vivermos em pureza é preciso adotar um estilo de vida drasticamente diferente do mundo, evitando todo tipo de situações que favorecem o comprometimento de valores e que encorajam a tentação. A verdadeira pureza é uma busca persistente e determinada pela retidão, por agradar a Deus à maneira de Deus.

A impureza não é algo que entra de repente, mas vai tomando conta gradativamente, à medida que tiramos Deus do foco. Nos namoros, a impureza começa muito antes dos momentos de paixão carnal (Mt 5:28). A pureza não se define por uma linha ou regra. Se assim fosse, o que nos impediria de ir o mais perto possível da beirada? Deus exige um coração puro! (Sl 24:4). A direção da pureza começa no íntimo, você deve apoiá-la em decisões práticas do dia-a-dia a respeito de onde, quando e com quem você escolhe estar.

Todo relacionamento que começa na carne está fadado ao fracasso!!!

A bíblia diz: "Mortificai pois os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza e a vil concupiscência" (Cl 3:5)

2. Namoro: Segundo o dicionário a palavra namoro significa: cortejar, galantear, atrair, seduzir, andar em galanteios, afeiçoar-se, apaixonar-se, ficar encantado, desejar possuir, cobiçar. Em latim, a raiz da palavra é "FARELAMORE" que quer dizer: "Fazer amor". Entendemos que o namoro traz subjetivamente a idéia de seduzir, defraudar os sentimentos, e fazer sexo antes do casamento. O namoro não é o modo bíblico de dois jovens chegarem ao casamento!!! O termo namoro nem sempre foi usado para definir o relacionamento afetivo antes do casamento. O namoro como o conhecemos é fruto da tão desejada liberdade dos anos dourados (anos rebeldes) onde se instalou uma frase: "Paz e Amor" e também "é proibido proibir".

Namorar: Inspirar amor a; apaixonar; cativar; atrair; seduzir; desejar ardentemente; cobiçar; empregar todos os esforços por obter; fitar (alguma coisa) de maneira insistente e com vontade de possuí-la.

O crente não namora para casar, ele casa para namorar.

Entendemos assim que um relacionamento como o namoro é para dentro do matrimonio e não uma forma de se chegar a ele.

Como é o namoro fora do casamento.

1. O namoro leva à intimidade, mas não necessariamente a um compromisso.

A intimidade emocional que se aprofunda sem a definição de um nível de compromisso é nitidamente perigosa. Compromisso define alvos e propósitos. A intimidade física é algo lindo que Deus deseja que experimentemos, mas apenas dentro do compromisso do casamento. A intimidade sem compromisso desperta desejos – emocionais e físicos – que nenhum dos dois pode satisfazer se agirem corretamente (É o que I Ts 4:6 chama de “defraudar”). Na intimidade ninguém nunca acha que vai “passar dos limites”, mas quem já viveu a triste experiência alerta: quanto mais se avança, mais difícil de retroceder. A tendência é ir sempre em frente.

No Compromisso o tempo de dedicação é, na verdade, um privilégio. Compromisso é conhecer bem a outra pessoa com suas falhas e qualidades, conhecendo o seu caráter (uma das maneiras de se conhecer o caráter de alguém é pelas escolhas e decisões que a pessoa faz e toma a cada dia). Compromisso é ter em mente que àquela pessoa que você decidiu amar, é pelo resto de sua vida.

2. O namoro tende a pular a fase da “amizade” de um relacionamento.

Em uma amizade verdadeira você não se sente pressionado sabendo que gosta de outra pessoa, ou que ela gosta de você. Você se sente livre para ser você mesmo e fazer as coisas juntos sem gastar horas e horas na frente do espelho, assegurando-se de que você esteja perfeito e outras preocupações deste tipo.

Amizade é quando as duas pessoas andam lado a lado, em direção a um objetivo comum. Os interesses mútuos se aproximam (ex.: servir a Deus). Já o namoro faz com que as pessoas deixem de olhar para frente e comecem a olhar apenas uma para a outra.

3. O namoro geralmente confunde relacionamento físico com amor.

Se o estágio da amizade é pulado no relacionamento, a lascívia freqüentemente se torna o interesse comum que atrai o casal. Como resultado, eles avaliam a seriedade do seu relacionamento pelo nível de envolvimento físico.

4. O namoro geralmente isola o casal de outros relacionamentos vitais.

Pela própria definição, o namoro é basicamente duas pessoas com o foco uma na outra. O namoro é auto-centralizado. Na maioria dos casos o resto do mundo vira um pano de fundo esmaecido; o casal se isola de outros relacionamentos que são vitais e fonte de conselhos importantes (Pv 15:22).

A atenção exclusiva normalmente esperada em um namoro tem a tendência de roubar dos dois a prioridade pelo serviço na igreja, de isolar os amigos, familiares, etc...

5. O namoro, em muitos casos, tira a atenção dos jovens adultos de sua principal responsabilidade, que é preparar-se para o futuro.

Uma das tendências mais tristes do namoro é desviar os jovens adultos do desenvolvimento dos seus talentos e habilidades dadas por Deus. Ao invés de equiparem-se com o caráter, formação acadêmica e experiência necessária para obter o sucesso na vida, muitos permitem serem consumidos pelas necessidades atuais que o namoro enfatiza.

Manter um relacionamento requer muito tempo e energia. E isso pode tirar o foco do trabalho profissional, estudos, igreja, amigos e tantos outros.

6. O namoro pode causar desgosto com o tempo de estar solteiro dado por Deus.

Ec 8:6a nos fala: “ Porque para todo o propósito há tempo e modo” e Pv 15:23b: “... a palavra a seu tempo, quão boa é !”. O mundo prega a satisfação imediata, mas Deus nos instrui sobre o princípio das épocas certas para todas as coisas. Todas as estações da nossa vida tem diferentes ênfases, focos e beleza. Nenhuma é melhor do que a outra, e cada uma possui seus próprios tesouros singulares. Também cada época é construída com base na anterior.

Cuidado!!! Um relacionamento baseado na paixão, no dizer “Eu te amo”, fora do tempo certo, fora do real compromisso, tira oportunidades infinitas de crescimento, aprendizado, serviço, relacionamento com Deus, chamado. Podemos ser culpados de mau uso do privilégio de sermos solteiros. É quando permitimos que um desejo por algo que Deus obviamente ainda não nos deu, roube a nossa habilidade de aproveitar e apreciar o que Ele nos deu.

O apóstolo Paulo tinha uma preocupação na maneira do solteiro em servir ao Senhor (I Co 7:32, 35). Deus quer que aprendamos a paciência e a confiança necessária para esperar pelo seu tempo perfeito em todas as coisas, incluindo a nossa vida amorosa. Isto significa confiar na bondade de Deus, sabendo que Deus nega coisas boas no presente somente porque Ele tem algo melhor para nós no futuro.

7 . O namoro cria um ambiente artificial para avaliar o caráter de outra pessoa.

Ambiente artificial podemos aqui, por analogia, entender por hipocrisia. Hipocrisia em português é o indivíduo que deliberadamente e por hábito professa ser bom, quando está consciente que não é tal. A origem do termo significa ator.

As pessoas que querem sinceramente descobrir se determinada pessoa é uma boa opção para o casamento precisam entender que o namoro típico, na verdade, atrapalha este processo. O namoro é um envolvimento num ambiente artificial para duas pessoas interagirem. Conseqüência disso, cada pessoa pode facilmente apresentar uma imagem igualmente artificial. Em um ambiente artificial (namoro), a pessoa pode usar atitudes cheias de charme, carro legal, paga as despesas, muitos presentes, etc. Ser uma pessoa divertida em um passeio não diz nada sobre o seu caráter ou a sua habilidade em ser um bom marido ou boa esposa.

Duas pessoas que estão avaliando a possibilidade de se casarem, precisam ter a certeza que elas interagem não apenas em situações divertidas e românticas.

O namoro é artificial, porém o casamento é real. Sabe por quê ???

O casamento retrata uma só carne, para consagrar um ao outro em amor e honra, vivendo na alegria ou na dor, na saúde ou na enfermidade, na riqueza ou na pobreza, conservando um para o outro um compromisso até “que a morte os separe”.

O PADRÃO DE DEUS PARA A SUA VIDA

O Compromisso é fruto de uma nova mentalidade e consciência da necessidade de santificação diante de Deus (Ef 4:22-24), para que casais possam chegar ao casamento inteiramente puros diante de Deus, sem traumas, sem sentimento de culpa e acusação, sem gravidez, sem feridas na alma e livres para desfrutar de forma plena a bênção do casamento. Isto só é possível a partir de um relacionamento fundamentado em princípios bíblicos, no padrão que o próprio Deus determinou para a sua vida (Rm 12:1,2). Precisamos entender que o namoro é um relacionamento no padrão do mundo, uma legalidade para a defraudação*, lascívia* e fornicação*; um conjunto de valores e atitudes que vão numa direção diferente daquela que Deus planejou para nós. Por seguirmos o modelo de relacionamento do mundo acabaremos perdendo o melhor de Deus para nós (Fp 1:9-10). Não existem “alternativas”, a alternativa é somente uma única: escolha o Compromisso! O padrão de Deus para você!

* Defraudação (I Ts 4:6): Prejudicar, iludir. Roubar alguém ao criar expectativas, sem satisfazer o que foi prometido. É despertar uma fome que não poderemos satisfazer justamente prometendo algo que não podemos ou não iremos cumprir.

* Lascívia (I Ts 4:5): luxúria, sensualidade, paixão de desejo desenfreado.

* Fornicação: sexo entre solteiros.

* Concupiscência (I Jo 2:16) = ânsia; desejo; cobiça; paixão incontrolável, violenta.

As fases do compromisso:

1. Amizade: O desenvolvimento de uma amizade entre o casal é o início de tudo. A amizade está relacionada a alguma coisa e não com as duas pessoas envolvidas no relacionamento. Já a intimidade está relacionada com as duas pessoas. Numa amizade, algo fora dos dois os une, eles estão absorvidos em algum interesse comum (CRISTO) e não olhando um para o outro.

2. Direção de Deus (Mc 12:30): A partir de certo momento começará a haver um interesse mútuo, que despertará ambos para um relacionamento maior do que uma simples amizade. Quando o casal tiver convicção de um sentimento mútuo especial, deverá entrar em oração, colocando diante de Deus este sentimento de um pelo outro, buscando desta forma um direcionamento quanto à Sua soberana vontade. Ambos devem compartilhar com muita liberdade as suas convicções, seus sentimentos e se existe paz dentro de seus corações neste tempo de oração.

Há dois sinais verdes que você deve observar nesta fase:

A palavra de Deus sobre o assunto e se você está pronto para o casamento.

Você está consciente e preparado para as responsabilidades de ser marido ou esposa? Você já alcançou um nível de estabilidade espiritual e emocional como solteiro que lhe dá respaldo num compromisso para a vida toda? Você está preparado financeiramente? Você precisa responder a estas perguntas de forma honesta antes de ir em frente num relacionamento.

3. Permissão dos pais (Ex 20:12; Ef 6:1-3): No momento em que o casal tiver compreensão de que tais sentimentos são correspondidos e agradáveis diante de Deus, o rapaz deverá procurar o pai da moça e, na sua falta, a sua mãe e, na sua falta, a pessoa responsável por ela (pode ser inclusive o líder de sua célula), a fim de compartilhar e comunicar o desejo de manter um relacionamento mais próximo, visando o casamento. Havendo a permissão dos pais, o casal pode então prosseguir. Algo lindo que ocorre na corte é o envolvimento total dos familiares permitindo assim maior comunhão entre eles.

Se não houver a concordância daqueles que são teus pais e líderes espirituais, você deve considerar e esperar. As autoridades são ministros de Deus para o teu bem. Não se oponha a autoridade, para que você não venha resistir a ordenação de Deus e trazer sobre a tua vida condenação (Rm 13: 1-5). Talvez não seja o tempo...

4. Mantendo as prioridades (Mt 6:33): Sobretudo, durante este processo, o mais importante é que saibam investir no relacionamento com Deus, buscando uma vida de santificação e pureza, se fortalecendo pela Palavra e pela oração, para que possam levar a bom termo o relacionamento que, de acordo com a Bíblia, após o casamento, deverá ser “até que a morte os separe”.

5. Um relacionamento orientado pelo Espírito Santo (I Ts 4:1-8; Gl 5:16,24,25; Rm 8:5-8; Cl 3:5; II Tm 2:22): Não é nossa proposta ditar regras, uma vez que a Bíblia já deixa claro como deve ser o relacionamento do cristão antes do casamento. Mesmo assim, queremos esclarecer alguns pontos no tocante ao contato físico. A pessoa sabe, com certeza quando está defraudando ou sendo defraudada. Deverá ser desenvolvido então um relacionamento que permita ao casal estar junto sem, no entanto, elevar a temperatura, que é o grande risco. Pegar na mão, colocar a mão no ombro da moça, dar um beijo no rosto, na mão ou na testa são ações que podem eventualmente ser realizadas sem prejuízo para o casal. No entanto, cada pessoa tem o seu limite. Se qualquer uma destas atitudes leva o jovem a desejar o pecado e entrar em tentação, então não faça. Proteja-se. A defraudação começa exatamente neste ponto, despertando desejos que não poderão ser satisfeitos neste momento, partindo para abraços apertados, beijos na boca, carícias pelo corpo, etc. Em relação a isso, não só o contato físico pode gerar desejos pecaminosos, mas circunstâncias como: permanecer a sós em casa, no carro, em lugar escuro, deserto, etc. A interação física nos incentiva a começar algo que não devemos terminar, despertando desejos que não estamos autorizados a consumar, acendendo paixões que devemos apagar.

Deus exige pureza em todos os aspectos. Ele sabe que levaremos as memórias e alianças de nosso envolvimento físico do passado para o casamento, bem como traumas, culpa, insegurança e outras conseqüências que são extremamente prejudiciais.

Semeando boas sementes no casamento e na vida familiar

Precisamos entender que começamos a investir em nosso casamento e vida familiar muito antes de nos casarmos. A lei da semeadura e da colheita é um princípio espiritual que se aplica a qualquer área das nossas vidas e, especialmente nos relacionamentos. Seja qual for a semente que estivermos plantando ela certamente germinará, crescerá e frutificará com abundância (Mc 4:26-29).

Se antes do casamento semearmos defraudação, colheremos sentimentos de culpa, ciúmes, insegurança. Se semearmos lascívia, colheremos vida sexual problemática, adultério, luxúria ou então frigidez. É impossível semearmos pecado e colhermos bênçãos. Não podemos ter um relacionamento nos padrões do mundo e depois um casamento nos padrões de Deus; embora o nosso Deus seja poderoso para restaurar e restituir tudo aquilo que foi manchado pelo pecado e tocado por Satanás. Mesmo assim, as sementes sempre germinarão... e, inevitavelmente veremos os seus frutos. Casamentos fundamentados em más sementes um dia precisarão de libertação, cura interior, tratamento, e semeadura de muitas novas e boas sementes...

Por isso, o Compromisso é um conjunto de atitudes e valores nobres e santos, é um bordão infinito de boas sementes para serem plantadas no campo fértil, abençoado e aprovado por Deus: o relacionamento entre duas pessoas que Ele mesmo uniu.

O Compromisso nos coloca numa posição de alerta em relação às artimanhas do inimigo em semear sementes malignas. O texto de Mt 13:24-28 nos mostra que o inimigo semeia joio no meio do trigo enquanto todos dormem. O namoro tira a atenção e os pensamentos das coisas que são do alto (Cl 3:1-5), trazendo um adormecimento espiritual, e facilitando que o inimigo semeie más sementes. Quando a pessoa se dá por conta, o seu relacionamento até pode ter sementes boas, mas também encontrará joio plantado.

Considerando o desafio:

· Você está disposto a quebrar as regras da sua cultura para experimentar o melhor de Deus?

· Você realmente confia Nele? Você crê que abrindo mão de algo “bom” agora por ser a hora errada, Deus irá trazer algo melhor quando for a hora certa?

· Você está disposto a entregar tudo a Ele, consagrando-se com total desprendimento? Você e eu nunca experimentaremos o melhor de Deus – estando solteiros ou casados – até que entreguemos tudo a Ele. É tempo de uma nova atitude.

· Você aceita o desafio de parar agora com o seu namoro para buscar a direção de Deus juntamente com o seu líder espiritual? Lembre-se: Continuar num relacionamento inadequado somente aumenta a dor quando ele finalmente termina. Tenha coragem de obedecer agora. A obediência irá preservar de muita tristeza e sofrimento no futuro.

· Se você já tem a direção de Deus, mas não está pronto para casar-se em seguida, você está disposto a limitar o tempo e a energia que vocês estavam investindo um no outro? A transformar o seu namoro em compromisso? A parar de focalizar a atenção de um no outro para serem apenas amigos por enquanto? Passar a limpo nem sempre significa terminar um relacionamento. Algumas vezes é somente reajustar o foco dentro dos princípios de Deus para evitar que ele continue indo na direção errada. Faça uma aliança com o seu líder espiritual de prestar-lhe contas do seu relacionamento. Lembre-se: ele está do seu lado! Seja humilde para pedir-lhe conselhos e correção.

· Você está disposto a guardar o seu coração (Pv 4:23), para que não venha se envolver emocionalmente com a pessoa errada ou na hora errada? Quando isso acontece é muito difícil lidarmos com o que vem a seguir, pois do coração procedem as fontes da vida. Não deixe que esta fonte fique poluída! Apresente o seu coração diante de Deus e peça-lhe que o ajude a guardá-lo para a pessoa certa e na hora certa. Lembre-se que o nosso coração é enganoso e desesperadamente corrupto (Jr 17:9). Precisamos orar como Davi: “Dispõe-me o coração para só temer o teu nome” (Sl 86:11) e “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Sl 51:10).

· Você está disposto a eliminar da sua vida todo tipo de influência pecaminosa? Coisas como livros e filmes românticos, novelas, músicas mundanas, amigos obcecados por namoro, e coisas semelhantes que conflitam com o seu Compromisso de buscar o melhor de Deus nos relacionamentos? Estas coisas causam descontentamento ou abandono dos valores de Deus, e contaminam sua mente e sentimentos.

· Busque arrependimento genuíno a tudo que contaminou a sua vida na área de relacionamentos. Receba o perdão de Deus, porque Ele já o perdoou (Hb 8:12), e siga em frente. Uma vida de pureza o aguarda!

“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor;

pensamentos de paz e não de mal,

para vos dar o fim que desejais” Jr 29:11