terça-feira, 15 de maio de 2012

SALVAÇÃO PELAS OBRAS - SALVAÇÃO PELA GRAÇA

Usando dois importantes pontos de vista á luz das Escrituras podemos acompanhar na leitura do texto abaixo, uma das maiores "teimosias" no meio do povo Cristão, na verdade chamaria de engano. A auto-suficiencia e falta de dependencia do Salvador. Em tempos em que o Senhor Deus tem através do seu Espírito nos tocado e trazido os esclarecimentos necessários para Amarmos a Ele sobre todas as coisas e o proximo como a nós mesmos, se faz necessário agradecê-lo por sua infinita misericórdia e felicidade transbordada em nosso coração em conhecê-lo e prosseguir em conhecê-lo. (Daank Cavalcante)
 

Gálatas – 2 – 11 : 21 - salvação “Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde”. Gálatas 2:21


A idéia da salvação pela obras é uma doutrina persistente. Não importa o quanto se é refutada; ela continua a insistir no mesmo ponto. Tem mais vidas do que o gato.
O Apóstolo Paulo lançou ataque após ataque contra ela, mas nunca pôde expulsá-la da mente dos homens. Para ele, era outro evangelho. Apesar de todas as armas usadas contra esta doutrina, ainda continua a ser popular.


A salvação pelas obras é uma doutrina plausível. Ao pensador superficial, parece mais razoável. De fato, o oposto parece perigoso. É um princípio para muitos de que o homem bom vai para o céu e o ruim, para o inferno.


A salvação pelas obras é natural à humanidade caída. É a própria essência de todas as religiões falsas. É a doutrina de cada religião não cristã, tanto quanto de muitos que usam o nome de Cristo. Vá onde for, a religião natural do homem caído é a salvação por méritos próprios. C. H. Spurgeon disse bem: “Todo homem nasce herege neste ponto”. Crê-se nisto até que Deus lhe abra os olhos à verdade. Também C. H. Spurgeon disse: “A auto-salvação, ou pelo valor pessoal, ou pelo arrependimento, ou por resolução própria, é a esperança inerente da natureza humana, e é muito difícil de ser extirpada”.


A salvação pelas obras é o resultado da ignorância. Os homens são ignorantes da lei de Deus e de si mesmos. De outro modo não acreditariam em tal doutrina. Romanos 10:1-4: “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para a sua salvação. Porque lhe dou testemunho de que tem zelo de Deus, mas não com entendimento. Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê”.


A salvação pelas obras é uma doutrina criminosa. Paulo acusa o homem que a defende de dois crimes. Ela aniquila a graça de Deus e faz com que Cristo tenha morrido em vão.


1. Ela aniquila a graça de Deus. A palavra “aniquilar” significa tornar vazia ou inútil. É claro que se um homem é salvo pelas obras ele não precisa da graça de Deus. A graça é para quem quebra a lei e não para quem a cumpre. É coisa supérflua se puder provar o mérito. Quem puder ir a um tribunal com um caso, sem dúvida a seu favor, sabendo que é inocente, não vai pedir misericórdia, mas justiça. “Quero justiça”, ele diz. “Quero meus direitos”, ele exige. Só quando se sente culpado é que implora por misericórdia. Nenhum advogado que acredita na inocência de seu cliente e pode prová-la, pede-lhe que fique à mercê da corte. Justiça é tudo o que um inocente precisa; é o pecador que precisa de misericórdia. O homem que crê na salvação pelas obras nega a necessidade de graça e misericórdia.




Há alguns que, mesmo sem negar a necessidade da graça, tornam-na secundária. Há só um grau mais baixo do mesmo crime. De acordo com esta teoria, o homem faz o melhor que pode e a graça de Deus faz o resto. Isto mistura a graça e as obras na salvação, exatamente aquilo que a Bíblia diz que não pode ser feito. Romanos 11:6: “Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra”. É preciso ter a salvação por inteiro, ou por merecê-la ou tendo como base o que Cristo fez por você. Baseado em quê, você a espera? Se não a merece, então deve recebê-la baseado na graça.


2. O segundo grande crime que fala contra o homem que defende a salvação pelas obras é que ela faz com que Cristo tenha morrido em vão. É muito claro. Se a salvação é o resultado do bem que faço, então a morte de Cristo não era necessária. Seu sofrimento foi inútil. Isto me deixa furioso. Fico indignado ao ouvir alguém dizer que é salvo pelas obras boas que faz.


A doutrina da salvação pelas obras é um pecado contra todos os filhos caídos de Adão. Se os homens não podem ser salvos a não ser pelas boas obras, que esperança há para o pecador? O portão da misericórdia se fecha à toda raça humana. Nega-se toda esperança de boas vindas ao pródigo que volta. O mesmo acontece em relação a todas as perspectivas do paraíso ao ladrão moribundo.


É pecado contra os santos. A única esperança deles é o sangue de Cristo. Os santos, na verdade, se esforçam para viver de modo santo, mas a esperança que têm do céu não se baseia no sucesso de fazê-lo; porque têm um alicerce melhor, que é a obediência de Cristo. “Porque, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos”. Romanos 5:19.


“Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados”. Apocalipse 1:5. Esta doutrina criticaria este canto e o transformaria numa canjiquinha tal como: “Não preciso dEle; não preciso dEle; sem pecar, vivi; e assim morri”.


Mas em vez disso o crente em Cristo diz: “O que Cristo fez, e só isso, é o meu apelo aprazível de fé; não tem nada a ver com o eu, nem justiça nenhuma em mim. Tuas obras, não as minhas, Ó Cristo, alegram este coração. Dizem-me que está consumado, e aos meus medos dizem: vão”.
 - por Marcelo D12  
E para finalizar é importante ressaltar uma linha de pensamento que complementa de forma extraordinária esse contexto "Salvação pelas obras" - "Salvação pela graça de Deus". 
 Acompanhem:
A salvação ocorre pela graça de Deus. Mas fomos salvos pela graça para as boas obras (Ef 2.8-10). Tiago, ao contrário do que muitos pensam, estava de acordo com Paulo quanto à necessidade de o cristão verdadeiramente salvo demonstrar que é salvo pelas suas boas obras.

É preciso observar que a nossa salvação envolve três tempos e três aspectos. No passado, fomos justificados, santificados e regenerados (aspecto posicional). No presente, devemos operar a nossa salvação com temor e tremor (Fp 2.12), seguindo a paz com todos e a santificação (aspecto progressivo), sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). No futuro, nossa salvação será a glorificação (aspecto perfectivo); seremos libertos da presença do pecado, e não apenas de seu domínio.

Portanto, quem é salvo, hoje, deve continuar, permanecer salvo, em Cristo (1 Co 15.1,2; Ap 3.11). É um erro pensar que não é preciso fazer mais nada, depois de salvo. O salvo que se preza é mais salvo, a cada dia, posto que está mais próximo de sua glorificação (Rm 13.11).
Em Cristo,
por Ciro Sanches Zibordi.