quarta-feira, 16 de março de 2011

O toque da mão do Mestre

O velho violino estava tão estragado
que o leiloeiro pensou que não valesse a pena
perder tempo com ele.
Mas com um sorriso aberto, levanto-o, dizendo:
“Quanto estou pedindo, minha gente?
Quem faz o primeiro lance por mim?”
“Um dólar, um dólar”, então, “dois! Só dois?
Dois dólares, quem me dá três?
Três dólares , dou-lhe uma;
Três dólares, dou-lhe duas,
Vai por três  - Mas não,
Da parte posterior da sala, lá atrás, um homem
 grisalho veio a frente e apanhou o arco;
Então tirou a poeira do violino,
E, ajustando as cordas soltas,
Tocou uma melodia tão pura e suave
como um cântico alegra de anjo.

A música cessou, e o leiloeiro
Com voz calma e suave disse:
“Quanto me dão pelo velho violino?”
E levantou-o juntamente com o arco.
“Mil dólares, e quem me dois mil?
Dois mil! Quem me dá três?
Três mil. Dou-lhe uma três mil, dou-lhe duas,
Vai, vendido”, disse.
O povo aplaudiu, mas alguns gritaram:
“Não entendemos o que mudou o seu valor”.
A resposta veio suavemente:
“O toque da mão do mestre”.

Muitas pessoas com a vida desafinada,
E ferida e machucada pelo pecado,
São leiloadas a baixo preço pela multidão insana
Muito semelhante ao velho violino.
Um “prato de lentilhas”, um copo de vinho,
Um jogo – e lá se vão.
Vai uma, vai duas,
Vai, e quase vendido foi.
Mas o Mestre vem, e a multidão louca
Nunca pode entender
O valor de uma alma e a mudança operada
Pelo toque da mão do Mestre.

( Myra Brooks Welch. “The touch of the Master’s hand”, 1936)

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