Se em nosso contexto uma pergunta fosse dirigida a Cristo a respeito da “verdadeira liturgia”, talvez a resposta não fosse diferente daquela oferecida à samaritana: “vem a hora em que os verdadeiros adoradores adorarão em espírito e em verdade” (Jo 4:23). Em “verdade” porque evitaria a liturgia mecânica; e em “espírito” porque a adoração não poderia sugerir manipulações sentimentais. Ambos o mecanicismo e o sentimentalismo são, na verdade, um vácuo de irrelevância que precisa ser preenchido, já que é resultante de um cristianismo que não existe (HOLMES, s.d.). Se, de fato, esse cristianismo existisse, discussões litúrgicas não seriam sequer discussões; se a oração e adoração fossem um estilo de vida, e não meramente ocasiões de 15 ou 30 minutos matinais, cristãos procurariam por cultos mais naturais e menos extravagantes (PORTO, 1977, p. 61). A Bíblia parece sinalizar importância maior à vida litúrgica e não a estilos de culto (Dt 6:5-9; Rm 12:1-2). Saia com seus amigos para comemorar o aniversário de alguém e precisarão de poucos itens: um local, pessoas e afazeres agradáveis; o objetivo de festejar com uma pessoa especial se responsabilizará pelo resto.
HOLMES, C. R. The church and worship. Biblical Research Institute, [S.d.]. Disponível em PORTO, P. H. Liturgia judaica e liturgia cristã. São Paulo: Edições Paulinas, 1977.
“Para que me oferecem tantos sacrifícios?, pergunta o Senhor. Para mim, chega de holocausto de carneiros [...] não tenho nenhum prazer no sangue de novilhos” (Is 1:11 NVI).
fonte: http://tracosdoreino.com.br
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